Ancestralidade

Ritos e laços afetivos do povo Laklãnõ

Txuluhun Gakran, é uma jovem líder Laklãnõ, mãe de dois filhos que é também membro da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade – ANMIGA.

Txuluhun fala sobre a importância das crianças para o povo Laklãnõ e sobre os cuidados com a gestação e puerpério, destacando que além dos laços sanguíneos, os laços afetivos e conexões na sua cultura são extremamente importantes. Fala ainda sobre o significado dos nomes escolhidos para as crianças dentro de sua cultura e sobre alguns rituais de seu povo.

Infância na roda

A infância de Marcelo Sete Cordas aconteceu na roda: a roda de capoeira, de samba, e brincadeiras. Numa entrevista musical e filosófica, ele mostra como a circularidade de tempo, ritmo, e aprendizado estimula uma infância que questiona e pensa o mundo, mas com alegria e em comunidade.

Preservando a Infância

Ângela fala sobre a importância do território e dos saberes ancestrais que herdou da sua avó para perpetuar a cultura do seu povo e preservar uma infância livre e natural.

Herança do Brincar

Através das lembranças da sua infância na aldeia Kaingang no Rio Grande do Sul, Valmíria destaca que para sua comunidade não existia distinção entre brincar e trabalhar, representar e viver. Ela e seus amigos brincaram de cozinha, mas cozinhavam comida que realmente podiam comer. Brincaram de caçar e depois comiam as aves que tinham caçado. Brincar forma parte de um processo de vida, onde a criança aprende a alegria da vida enquanto adquire o conhecimento que vai precisar na vida.

As mãos mágicas e a panela dos índios do mato

Quando Elsa era pequena, ela admirou a cerâmica que os seus parentes “do mato” fizeram para cozinhar e para guardar. Ela aprendeu essas técnicas e agora ensina para seus netos – que chamam ela de mãe. Para o seu neto, trabalhar com barro é uma forma de transformar o mundo através dos pensamentos e as mãos. Para ele, a cerâmica é magia… e nós concordamos!

Cuidar-se com a mãe terra

“Sem a terra a gente não é nada! É a terra que gera e mantém a vida, assim como a mulher…”

Para os Tupari, para ser considerado gente é necessário respeitar a terra e os demais seres e povos. Marciely Ayap, uma jovem mãe, da terra indígena Rio Branco, Altas flores d’Oeste, Rondônia, liderança ativa do seu povo, conta como a sua força de luta se fortalece com a presença de sua filha. Fala ainda da importância da terra e sobre os cuidados do seu povo durante a gestação e puerpério.

No Tambor de Crioula, dançarinos formam um círculo de cuidado literal e metafórico.
Chegando na aldeia Kopläg, perto de uma barragem construída à revelia da comunidade indígena Laklãnõ, no Município de José Boiteux, SC, encontrei algumas crianças brincando alegremente no meio de uma plantação de pinus...