Txuluhun Gakran, é uma jovem líder Laklãnõ, mãe de dois filhos que é também membro da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade – ANMIGA.
Txuluhun fala sobre a importância das crianças para o povo Laklãnõ e sobre os cuidados com a gestação e puerpério, destacando que além dos laços sanguíneos, os laços afetivos e conexões na sua cultura são extremamente importantes. Fala ainda sobre o significado dos nomes escolhidos para as crianças dentro de sua cultura e sobre alguns rituais de seu povo.
No coração da comunidade da Serrinha, em Florianópolis, Dai, uma moradora de longa data, percebe que as crianças de sua vizinhança estão crescendo desconectadas do verde ao seu redor. Determinada a mudar essa realidade, ela reúne amigos, vizinhos e seu filho para transformar o espaço coletivo do morro.
Brincar na natureza, cantar e lutar pela demarcação de terras. Criança Laklãnõ-Xokleng, Henrique conta um pouco sobre o que gosta de fazer e sobre o que considera mais importante para o seu povo.
Ângela fala sobre a importância do território e dos saberes ancestrais que herdou da sua avó para perpetuar a cultura do seu povo e preservar uma infância livre e natural.
Através das lembranças da sua infância na aldeia Kaingang no Rio Grande do Sul, Valmíria destaca que para sua comunidade não existia distinção entre brincar e trabalhar, representar e viver. Ela e seus amigos brincaram de cozinha, mas cozinhavam comida que realmente podiam comer. Brincaram de caçar e depois comiam as aves que tinham caçado. Brincar forma parte de um processo de vida, onde a criança aprende a alegria da vida enquanto adquire o conhecimento que vai precisar na vida.
Quando Elsa era pequena, ela admirou a cerâmica que os seus parentes “do mato” fizeram para cozinhar e para guardar. Ela aprendeu essas técnicas e agora ensina para seus netos – que chamam ela de mãe. Para o seu neto, trabalhar com barro é uma forma de transformar o mundo através dos pensamentos e as mãos. Para ele, a cerâmica é magia… e nós concordamos!