Série MIMUS

Dom da cura: medicina quilombola

No Quilombo Santa Rosa dos Pretos, Chicocó desenvolveu o dom da cura sem nunca ter sido ensinado.

São vários tipos de medicamentos: chás, pomadas, benzimentos, cada qual para um problema. Com dedicação e amor, ele cura os males em crianças e adultos.

O território do quilombo

Pedro Queixinho, um dos anciãos mais antigos de sua comunidade, conta sobre sua descendência quilombola e como, “no tempo que gritou a liberdade”, seus antepassados foram libertos e receberam as terras do Senhor da Casagrande, iniciando ali o Quilombo Sítio do Meio.

Apesar da documentação comprovando que a terra é quilombola, ainda hoje, o território é ameaçado e desejado por muitos que querem tomá-lo para si.

O aquilombar da Liberdade

Karina Muniz, moradora do Quilombo Urbano Liberdade, em São Luiz-MA, fala de uma infância criada na coletividade, ao som de uma musicalidade ancestral, e sobre a importância desse pertencimento para a construção de uma identidade coletiva.

Liberdade foi reconhecido como quilombo urbano em 2019. A comunidade se autodefiniu remanescente de quilombo em 2018.

Laços de fogo

Socorro Viana, do Quilombo Sítio do Meio, em Santa Rita-MA, conta que na sua comunidade o parentesco é compartilhado entre os que geraram e os que não geraram filhos biologicamente. A criança tem duas ou até três mães e a ligação é muito forte entre todos.

O Maranhão tem o maior número de comunidades remanescentes de quilombos certificados no Brasil, entre eles o Quilombo Sítio do Meio, garantindo a essas comunidades acesso a terras comunais.

Aprendendo a maternar

Marliane Nogueira, uma jovem mãe do Quilombo Peru, em Alcântara – MA, mostra que o amor e o cuidado com as crianças pequenas na sua família vai sendo construído num diálogo entre gerações e entre o casal.

Ao compartilhar sua experiência, ela relata as dúvidas que toda mulher tem quando se torna mãe pela primeira vez.

Parto com amor

Ana Theresa, parteira do Quilombo Peru, em Alcântara – MA, se tornou uma agente de saúde importante na formulação de políticas públicas para as famílias quilombolas. Prefere o parto domiciliar, onde se tem o carinho dos familiares.

Com muitos anos de experiência e dedicação, ela fala do seu amor pela arte de trazer a criança ao mundo e conta como fazem para ter uma gravidez segura e para garantir a saúde do bebê no território.